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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Monomania

Fomos amados sem testemunha.
Não Há nada que possa provar tudo que se fez.

Uma despedida, uma palavra de carinho.
Tudo excluído.
Às vezes duvido se foi real.
Se tudo é de minha rica imaginação.
Ela sempre me confundiu, por que não agora?

As palavras mais lindas.
Nada salvo.
Você devia ser real.
Não tenho nenhum álibi, se não memórias e o próprio Deus.
Mas este não haveria de ser ouvido, as pessoas não lhe dão crédito.
Incorretamente.

Agora parece muito distante...























Como se nunca tivesse acontecido.
Parece surreal: Todas as pautas, parágrafos e pontos, os quais nunca tive parte na autoria.
Todos contos de um romance de livraria.

Dizem que tudo que se pode perder, nunca lhe pertenceu.
Pois então,  agora além de invenção, ainda por cima nunca foi minha propriedade? Oras!

Logo, fico por aqui mesmo...Remoendo, revisando, e fazendo até acréscimos: situações e diálogos que nunca aconteceram (e talvez nunca haverão).
Procurando não deixar as memórias morrerem, por não terem registros.
Porém nisso fica a dor.
Sabe, fazer isso sozinha é bem difícil.
Poderia simplesmente enterrar tudo.
Mas promessa é promessa.
Será que a incerteza de reciprocidade do outro acordante, me isenta de pagamento de acordo? É independente?

Perdi meus melhores amigos. Agora tenho só a Deus.
Pra Ele vão todas minhas confissões e gritos calados.
É o que me permite ainda a sanidade de atos.

Não queria mais sobre, escrever. Mas parece que enquanto não grito gramaticalmente, os pensamentos não calam. Então, monomania persistente.

10/09

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